A franquia de filmes dos X-Men sempre teve uma fama de decepcionar seu público amante das HQs, com algumas raras exceções. Muitos acreditavam que esta poderia ser mais uma bomba no meio do caminho. Porém, já no trailer éramos convidados a dar mais uma chance a franquia, a acreditar mais uma vez, ou, como disse Hugh Jackman sobre seu personagem: uma última vez. A trilha sonora com a música “Hurt” de Johnny Cash parece que foi feita para a história; as frases de efeito e as diversas cenas que ambientam um “faroeste pós-mutantes” mexem com qualquer fã e prendem a atenção dos curiosos desavisados.
Logan: o início de uma “era de Oscar” dos super-heróis?
É a primeira vez que um filme de super-herói é indicado ao Oscar de Roteiro Adaptado
Mas a indicação tão merecida refere-se a roteiro adaptado, escrito pelo diretor James Mangold, junto com Scott Frank e Michael Green. Esses nomes são bastante familiares se você foi atrás da ficha técnica de Wolverine: Imortal, que traumatizou muitos e agradou a outros. Aqui temos uma redenção gloriosa: o filme adaptado das histórias em quadrinho dos X-Men arrecadou cerca de 617 milhões de dólares, agradou tanto aos fãs, como a imprensa e, finalmente, a Academy Awards, sendo o primeiro filme de super-herói que concorre ao Oscar de melhor roteiro adaptado.
A despedida de Jackman merecia uma cereja em seu bolo, um pequeno marco único, e aqui está. Apesar de o filme ser brilhante em diversos pontos, lamentando os fãs de não estar concorrendo a outras categorias, ele conquista o seu feito único, até então. Os filmes de super heróis já conquistaram grandes proezas na Academia no passado, com uma média entre trinta indicações, e seis premiações, em inúmeras áreas. Todavia, a grande maioria das indicações perpassa em áreas de técnicas e tecnológicas, como: efeitos especiais, edição e mixagem de som, trilha sonora, edição, fotografia [...] Afinal, para criar um mundo de super herói é necessário toda uma superprodução para tornar o fantástico em real.
Mas e sobre as histórias em quadrinhos?
Apesar das grandes adaptações ao longo dos anos de filmes que marcaram o universo cinematográfico dos heróis no cinema, como ocorreu na Trilogia do Batman de Nolan, principalmente no segundo filme da série, ou até mesmo no Capitão América: O Soldado Invernal, ou Guerra Civil; Logan finalmente quebrou um tabu sobre o reconhecimento da forma de contar histórias dos heróis no cinema. O roteiro denso, com alternações entre perseguições frenéticas e diálogos marcantes, junto a ponderações sobre as problemáticas dos personagens, carregado de frases icônicas e pequenas simbologias nas brilhantes atuações geram essa obra-prima.
A forma de contar a história gera uma dança a dois entre o antigo faroeste e o universo cinematográfico dos heróis. O filme poderia ter outras grandes indicações: das atuações brilhantes, até a fotografia e a direção de arte. Mas... Deixa pra próxima, e espero que o Jackman repense “uma próxima”, para a nossa alegria.
Cruzem os dedos! As chances de este clássico levar o homenzinho de ouro são reais!
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