Embora já tenha passado o halloween, ninguém dispensa uma boa série de terror. Seja pra sentir medo ou por apreço às estruturas das clássicas e nova histórias de terror. Selecionamos, então, algumas séries que vem reforçando ou atualizando conceitos das obras assustadoras dentro das limitações e criatividades do formato de televisão. Confira abaixo:
American Horror Story
American Horror Story é uma série de terror e suspense dita como antológica, que a cada temporada, conta uma nova história centrada em um tema e com praticamente todo o elenco da temporada anterior interpretando novos e completamente diferentes personagens ou até mais de um personagem em uma mesma temporada. Na primeira por exemplo, o tema foi uma casa mal-assombrada chamada "Murder House", já na segunda intitulada "Asylum", um manicômio com vários criminosos insanos, a terceira que recebeu o nome de "Coven", trata de um grupo de bruxas, a quarta por sua vez, intutulada "Freak Show", focou em um circo de "aberrações" na década de 1950.
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Agora na quinta temporada chamada "Hotel", se passa como o próprio nome diz, num hotel amaldiçoado e lá além de fantasmas que assombram o estabelecimento, tem outros seres sobrenaturais, como vampiros. Já na sexta com o título de "Roanoke" tem foco num casal que se muda para uma casa na Carolina do Norte, lá acontece várias ocorrências estranhas e paranormais. A sétima e penúltima temporada até o momento, denominada "Cult" faz uma crítica política e sobre um culto assustador na cidade fictícia de Brookfield Heights. E a atual oitava temporada "Apocalypse", que se passa no futuro próximo onde o mundo "acabou" e só alguns sobreviventes lutam para reverter essa situação.
Dita como um crossover da temporada Murder House e Coven, trás várias referências do universo compartilhado da série, explicado isso pelo criador da obra Ryan Murphy, que lá no começo dizia que AHS era uma antologia, mas com o tempo vimos que as temporadas tem uma ligação direta com a outra e para quem assiste é uma grata surpresa. Apesar dos seus altos em baixos durante todas as temporadas, com oito temporadas, algumas ficaram a desejar, pecam em alguns quesitos, mas no geral o enredo, os personagens, a mitologia e os atores são um ponto positivo em grande parte da história. As temporadas favoritas dos fãs são Murder House, Asylum, Roanoke e a atual Apocalypse está gerando muito burburinho nas redes sociais e tem grandes chances de ser uma das favoritas.
The Terror
Inspirado por uma história real, The Terror apresenta a perigosa viagem da Marinha Real em território inexplorado enquanto a tripulação tenta encontrar a Passagem do Noroeste. Diante de condições traiçoeiras, recursos limitados, com reduzida esperança e com medo do desconhecido, a equipe é levada à beira da extinção. A série mostra tudo que pode dar errado quando um grupo de homens, desesperados para sobreviver, luta não só com os elementos externos, mas um contra o outro. The Terror é uma série antológica da AMC baseado no romance de Dan Simmons e a segunda temporada já foi confirmada, mas ainda não tem data para estrear.
Mistério, drama, eventos históricos e um toque sobrenatural se misturam nessa superprodução. Na história real, os dois navios sumiram, e ninguém sobreviveu. No livro, há especulação sobre uma criatura mítica do folclore inuit que poderia ter assombrado os marinheiros. Uma das coisas mais impressionantes da série, que se desenrola lentamente, mas prende a atenção com sua tensão permanente e personagens bem desenvolvidos, interpretados por grandes atores, são os efeitos especiais de primeira linha. A série trás uma ambientação claustrofóbica, gélida, e o desenvolvimento dos efeitos daquele isolamento junto aos personagens. Os dez episódios que compõem a primeira temporada são sempre cercados por um clima soturno e pesado, mérito da fotografia sempre carregada, bem explorada, e o constante uso do silêncio compõe todo o enredo. O final talvez tenha deixado a desejar, mas no geral The Terror surpreendeu.
Light as a Feather
Light as a Feather é uma série americana do canal Hulu de suspense sobrenatural, baseada no livro de mesmo nome de Zoe Aarsen. O drama acompanha cinco garotas adolescentes que fazem um jogo aparentemente inocente chamado “Leve como uma pena, dura como uma rocha” (tradução), durante uma festa. Mas quando elas começam a morrer da maneira exata que o jogo previu, as sobreviventes são obrigadas a descobrir por que estão sendo alvos e se a força do mal que os persegue é alguém conhecido.
A série estreou faz pouco tempo e provavelmente vai ser renovada para uma segunda temporada, principalmente pelas pontas soltas que foi deixada no último episódio. No geral a temporada foi bastante satisfatória, com apenas dez episódios de 25 minutos aproximadamente, você maratona rapidinho. O elenco jovem e conhecidos de outras séries como Teen Wolf, Scream, 13 Reasons Why, The Fosters, entre outras, cativa e surpreende positivamente, atraindo o público teen. No geral, as atuações, os personagens e o enredo são interessantes, mas tem alguns pontos negativos, como alguns acontecimentos mal explicados e o final meio sem sentido, mas aguardamos a segunda temporada para saber o desenrolar dessa história.
A Maldição da Residência Hill
Shirley, Theo, Nell, Luke e Steven são cinco irmãos que cresceram na mansão Hill, a casa mal-assombrada mais famosa dos EUA. Agora adultos, eles retornam ao antigo lar e são forçados a confrontar os fantasmas do passado, após o suicídio da irmã mais nova. Adaptação do livro A Assombração da Casa da Colina (1959), de Shirley Jackson, o remake tem 10 episódios pela Netflix. A série ganhou um elogio do mestre do terror. O escritor Stephen King, responsável por clássicos como O Iluminado, IT: A Coisa e tantos outros, foi as redes sociais elogiar o drama. Os espectadores por sua vez, estão relatando as próprias reações depois de terem assistido aos episódios. De crises de insônia, a sonhos e alucinações, a série definitivamente está deixando a sua marca no mundo.
A atmosfera criada pelo diretor Mike Flanagan, faz com que não só o público entenda a tensão que rodeia as relações entre os personagens, mas também que haja um impacto real em cada aparição sobrenatural. Mais do que os sustos, a série ganha o telespectador pelo sentimentalismo, construir ao redor da família motivações, laços que vão literalmente ao fundo do poço, e algumas falas um tanto poéticas contribui para isso. A estrutura narrativa da série se baseia em idas e vindas no tempo dos personagens, essa alternância de linha temporal causa uma ansiedade natural para descobrir sobre o passado, mas o roteiro não fica só nisso, o foco da história são as consequências da Maldição no futuro. A série realmente surpreendeu e trouxe pontos, características que diferenciam de qualquer outra produção do gênero.
O Mundo Sombrio de Sabrina
O Mundo Sombrio de Sabrina, nova aposta da Netflix, fala sobre a bruxa vista pela primeira vez em 1962 na 22ª edição da história em quadrinhos Archie’s Madhouse (a mesma que inspirou Riverdale). A história de Sabrina é pouco conhecida apesar de toda sua exposição. Nos anos 1990, a personagem teve seu próprio seriado de comédia, no qual se aventurava com suas tias e seu gato falante, Salem. Na nova atração, tudo isso se mistura com satanismo, tentando abordar essa história numa pegada mais de terror. A série se inicia em poucos dias do aniversário de 16 anos de Sabrina, sua vida mudará por completo, ela deve tomar a decisão se vai aceitar a tradição da parte da sua família bruxa e aceitar literalmente o diabo, ou abraçar seu lado humano.
O showrunner Roberto Aguirre-Sacasa (criador de Riverdale), fala que a produção tem uma pegada bastante obscura, dando alguns sustos, mas não perde sua essência de drama e humor adolescente, com pitadas de representatividade. Sabrina é apresentada como uma típica adolescente idealista, com ideias próprias, que comete erros. Ela toma decisões ruins na vida e faz o que toda jovem dessa idade faria, com grandes poderes e responsabilidades. Não dá o braço a torcer até conseguir resolver determina situação, deseja o bem, mas é imprudente e as coisas nem sempre dão certo. Todos os atores incorporaram bem seus personagens, apesar de alguns não terem sido tão bem abordados no decorrer da temporada, mas sem dúvida quem chamou bastante atenção além de seus amigos mortais, foram suas tias e o incrível primo Ambrose.
Com um elenco majoritariamente feminino, a trama consegue apresentar como pano de fundo temáticas importantes e bastante controversos, como o individualismo, sexualidade, bullying, empoderamento feminino, devoção cega à religião, ocultismo, orgias e entre outras temáticas. Mas mesclando esses assuntos um tanto pesado com outros bem humorados, mas com transições um pouco bruscas entre elas, deixando a desejar nesse ponto. A produção possui grandes cenas, surpreendendo em vários aspectos, mas por outro lado, vêm acompanhadas de desfechos previsíveis, em muitos momentos. No geral, O Mundo Sombrio de Sabrina surpreendeu, mas pode reparar em sua segunda temporada alguns detalhes importantes.
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