Embora seja o filme que mudou a estrutura da franquia Rocky,
Rocky IV é uma bobagem que não se leva a sério e critica de modo descarado a
Guerra Fria, tomando partido, é claro, do capitalismo. Só na sinopse é notório o descaramento da obra: depois de
recuperar o título de campeão de boxe, Balboa planeja se aposentar e viver com
Adrian. No entanto, durante uma exibição, o melhor amigo de Rocky, Apollo Creed, o ícone americano, é espancado no ringue até a morte pelo russo Ivan Drago. Com a vingança em
mente, o lutador parte para a Rússia para treinar e vencer o antagonista da
vez, vivido por Dolph Lundgren.
O filme é uma propaganda americana contra o império soviético.
Mas também é inegável que o diretor Sylvester Stallone mostra um declínio de sua criatividade,
visto que as piadas ficam infantis e todos os personagens tolos, de uma forma
de outra. Além do roteiro, o diretor também exibe um falso comprometimento com
sua narrativa, dado que usa quatro vezes aquela montagem que usa imagens dos capítulos
anteriores para ressignificar o que pode acontecer no futuro.
Já no campo das atuações o que melhor se sai é Carl Weathers,
que se despede de seu personagem (e de seu bromance com Balboa) com um drama que,
mesmo fora de contexto, é necessário ao perigo da jornada dos personagens. Todo o
resto do elenco, infelizmente, se torna canastrão, onde todos falam gritando, como se, naquele universo, os monólogos fossem necessários a cada sequência.
Rocky IV é diversão oitentista. Apesar de mudar o
posicionamento de todos os personagens para o futuro e de trazer mudanças para
a série, o filme é uma bobagem mal escrita, montada e intencionada.
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