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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Maratona Oscar 2018: UCI Cinemas traz todos os indicados a "Melhor Filme" com preço especial em Fortaleza

Como é tradição na temporada Oscar, os filmes que concorrem aos principais prêmios passam a receber atenção redobrada pelo público ao redor do mundo, fazendo com que sejam mais procurados durante o período. A rede de cinemas UCI é a principal opção para quem ainda está devendo algum filme da competição para assistir antes da noite de premiação, que acontecerá no domingo, dia 4, com cobertura do Quarto Ato nas redes sociais!  Maratona Oscar 2018: UCI Cinemas traz todos os indicados a "Melhor Filme" com preço especial em Fortaleza Edição acontece dois dias antes da noite de premiação Nos dias 01/03 (Quinta) e 02/03 (Sexta), a UCI separou algumas de suas salas nacionais para dar destaque à maratona que intitulou de "UCI Day Oscar®", com o preço unificado de R$7,00 (meia) e R$14,00 (inteira) para todos os filmes em qualquer horário. Em Fortaleza, os cinemas participantes são UCI Kinoplex do Iguatemi Fortaleza e UCI do Shopping Parangaba. A programação pod

Oscar 2018: Cinco filmes vencedores do Oscar de "Melhor Filme" baseados em livros (e você provavelmente não sabia)

A maior premiação de produções cinematográficas já glorificou diversos filmes com o grande prêmio da noite, o de Melhor Filme: musicais, histórias reais, dramas, aventuras e fantasias. No meio de toda essa diversidade - que finalmente tem crescido da forma que merece no último ano -, o mundo da literatura não pode e nem fica para trás. Não é recente ou raro encontrar filmes baseados em livros que concorrem ao Oscar em diversas categorias. Quando fala-se de "melhor filme", um dos maiores títulos da premiação, é normal encontrar filmes baseados em livros homônimos. Um caso recente foi a edição do Oscar de 2016, onde sete dos oito filmes indicados à melhor filme eram baseados em obras literárias. Já no de 2018, Me Chame Pelo Seu Nome marca sua presença entre os concorrentes. Oscar: Cinco filmes vencedores de "Melhor Filme" baseados em livros (e você provavelmente não sabia) Em 2016, sete dos oito filmes indicados a Melhor Filme eram adaptação literária. Esse an

Crítica: Pequena Grande Vida (2018) | A decisão de fazer a diferença

Pequena Grande Vida , novo filme dirigido e co-roteirizado por Alexander Payne ( Nebraska e Os Descendentes ), marca a estreia do diretor nesse mundo da ficção científica, mas sem perder o seu formato de usar pessoas comuns para levantar questões importantes. Depois de várias indicações ao Oscar com seus últimos filmes, criou-se uma expectativa sobre o novo longa do diretor, que entrega um bom trabalho de comédia com pontos de drama, mas que não sobrepõe os anteriores. O filme aborda um futuro próximo, em que a tecnologia tornou possível o processo de encolhimento humano sem sequelas, porém irreversível. Enquanto uns aderem a essa causa pelo bem do planeta, outros só veem a oportunidade de valorizar suas economias e diminuir seus gastos. É nesse contexto que conhecemos Paul Safranek ( Matt Damon ), um terapeuta ocupacional frustrado que se submete a esse procedimento como um meio de ‘dar uma guinada’ na sua vida. Mas é claro que nem tudo acontece como planejado e o filme c

Oscar 2018: "Koe no Katachi" e o silêncio do desprezo

O prêmio de melhor animação na Academia é relativamente novo comparado com os de Melhor Filme e Melhor Roteiro. Com sua primeira premiação em 2002, com uma rápida pesquisa se nota que em dez anos de indicações, somente sete foram de países não norte americanos , isso sem contar os que detinham coproduções. E dessas indicações é contato o único vencedor “estrangeiro” do prêmio: A Viagem de Chihiro (2001) obra-prima do cinema e do cinema animado; após essa grande vitória temos um vácuo de cinco anos de não indicações e quinze anos sem premiações. E isso nos leva a comentar sobre o filme esquecido do ano que não levou nem uma indicação: Koe no Katachi, 2017 (A Silent Voice). Oscar 2018: "Koe no Katachi" e o silêncio do desprezo O que leva uma animação estrangeira ao Oscar? Por que "Koe no Katachi" está de fora? Koe no Katachi , filme de animação japonesa, conta a história de Shouya e seus amigos, que tem seus mundos de ensino fundamental mudados com a chegad

Lady Bird: A Hora de Voar (2018) | O cinema sincero

Não há alguém melhor para retratar o amadurecimento feminino se não uma mulher. Greta Gerwig adaptou esse tema para seu olhar, nos entregando um filme sobre relações, descobertas e juventude. Lady Bird: A Hora de Voar é sincero e causa um sentimento de identificação muito fácil ao retratar pontos principais de uma transição da adolescência para a vida adulta.  A cidade de Sacramento se torna quase um personagem pela forma que lhe é referida, com muitos planos destinados a exibi-la. Christine “Lady Bird” ( Saiorse Ronan ) está no último ano de seu colegial e seu sonho é ser aceita numa universidade longe da sua cidade-natal. Greta, que assina a direção e o roteiro, se utiliza desse plot para construir camadas em seus personagens, dos quais parece ter tanta propriedade. O uso da câmera parada e dos enquadramentos centrais optados pela diretora mostra como ela se sente à vontade naquela posição. O pertencimento causado por Lady Bird: A Hora de Voar ecoou primeiro em sua criadora, n

Oscar 2018: Corra! e o terror que interessa á Academia

Um fato sabido por quem acompanha o Oscar: a Academia não costuma pôr filmes de terror entre os indicados, sobretudo na categoria principal da premiação. Apesar de algumas indicações em categorias técnicas ou de atuação nas primeiras décadas do evento, passaram-se mais de quarenta anos até que um longa do gênero alcançasse um lugar entre os pretendentes a Melhor Filme: a honra ficou com O Exorcista (1973), que acabou não levando a estatueta. Isso significa dizer que filmes como A Noite dos Mortos Vivos (1968) ou O Bebê de Rosemary (1968), além de outros marcos na história do cinema, não concorreram ao prêmio, ainda que este último tenha garantindo uma nomeação para Melhor Roteiro e uma vitória de Ruth Gordon como Atriz Coadjuvante. Mesmo grandes nomes, como Alfred Hitchcock , não viram suas obras chegarem lá ( Rebecca , de 1940, concorreu e venceu, mas não se encaixava no gênero), e o próprio diretor perdeu nas cinco vezes em que concorreu na categoria de Melhor Direção. Nem o

Três Anúncios Para um Crime (2018) | A tríade que compõe o ser humano

Perdas, ódio e perdões: é sob essas três condições que Três Anúncios Para um Crime se constrói. Em um estilo que pode ser definido como um faroeste contemporâneo, o novo trabalho de Martin McDonagh possui um texto ácido e sincero que ganha vida através de um elenco primoroso. A harmonia criada por estes elementos entrega um filme com a capacidade de imersão, provocando sensações que ultrapassam as paredes da sala de cinema.  O peso carregado pela trama já se torna explícito em seu argumento: uma mãe em busca de justiça para a filha que fora estuprada e brutalmente assassinada. A partir daí, não é difícil sentir empatia pela protagonista em sua posição desfavorável de mulher e de mãe solteira. A performance de Frances McDormand emana os sentimentos de raiva, frieza, compaixão e vulnerabilidade, que acompanham a sua personagem de forma equilibrada, que em uma aliança com o roteiro de McDonagh, cria camadas para Mildred Hayes.  O desenvolvimento de personagem não fica restrit

O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017): com divina retribuição, Ele virá para salvá-los

Com uma atmosfera que remete a Iluminado , com seus travelings com O Único Plano de Fuga de Stanley Kubrick , planos captados com uma lente que lembra uma visão extracorpórea da rotina do bem-sucedido cardiologista Steve ( Colin Farrel ), O Sacrifício do Cervo Sagrado tenta atrair sua atenção neste mês de fevereiro.  O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017)  Com divina retribuição, Ele virá para salvá-los A história acompanha o personagem de Farrel, que mantêm contato frequente com Martin ( Barry Keoghan ), que perdeu o pai na mesa de operação na qual Steve trabalhava. Quando Martin começa a não obter a atenção desejada pelo cirurgião, coisas estranhas começam a acontecer a seus filhos. Ao acompanhar a família do médico e suas relações intrínsecas, sentimos que cada plano carrega uma estranheza suspensa e crescente pelo uso do zoom; ele te intima a mergulhar em cada diálogo na mesa de jantar, em cada andança sem pretensões pela ala de um hospital ansiando por achar o erro na imag

Logan: o início de uma “era de Oscar” dos super-heróis?

A franquia de filmes dos X-Men sempre teve uma fama de decepcionar seu público amante das HQs, com algumas raras exceções. Muitos acreditavam que esta poderia ser mais uma bomba no meio do caminho. Porém, já no trailer éramos convidados a dar mais uma chance a franquia, a acreditar mais uma vez, ou, como disse Hugh Jackman sobre seu personagem: uma última vez . A trilha sonora com a música “Hurt” de Johnny Cash parece que foi feita para a história; as frases de efeito e as diversas cenas que ambientam um “faroeste pós-mutantes” mexem com qualquer fã e prendem a atenção dos curiosos desavisados. Logan: o início de uma “era de Oscar” dos super-heróis? É a primeira vez que um filme de super-herói é indicado ao Oscar de Roteiro Adaptado Mas a indicação tão merecida refere-se a roteiro adaptado, escrito pelo diretor James Mangold , junto com Scott Frank e Michael Green . Esses nomes são bastante familiares se você foi atrás da ficha técnica de Wolverine: Imortal , que traumat

Brasil no Oscar: por que a Academia não quer que sejamos lembrados?

Em 2016, enquanto vibrávamos pela possibilidade de que Que Horas Ela Volta? surgisse nos indicados a Filme Estrangeiro, a surpresa foi o O Menino e o Mundo , de Alê Abreu , que foi indicado ao prêmio de Melhor Longa de Animação. O belíssimo filme de Alê ter chamado atenção da Academia é uma conquista interessante de se perceber, mas é uma incógnita no padrão de reconhecimento da associação. Esse ano, dois brasileiros estão no Oscar: Rodrigo Teixeira , produtor de Me Chame Pelo Seu Nome e Carlos Saldanha , diretor de Touro Ferdinando - que provavelmente estarão lá só pra assistir a premiação. Brasil no Oscar: por que a Academia não quer que sejamos lembrados? Tem brasileiro no Oscar, mas provavelmente nunca ganharemos um É sempre bom lembrar que o Oscar não é pensado por críticos e cinéfilos, mas necessariamente por representantes da indústria cultural dos Estados Unidos. O cinema "roubado da Europa" no pós-guerra se tornou um dos produtos internos mais exportáveis