A início, e posteriormente se confirma, o retorno de Rosemberg Cariry após mais de 20 anos desde seu último sucesso, apresenta-se como uma história de observação. Não com o requinte ousado que Gabriel Mascaro encontra em ‘Boi Neon’ , principalmente porque a visão geral deste sobre o artista circense na peleja da sobrevivência não é das mais novas. Mas diante alguns exageros dessa imersão, seus personagens conferem criatividade a essa ingênua metáfora sobre as pendências que sofre a arte em sua raiz. Não demora muito para que Rosemberg aponte diretamente a origem de sua história; baseado no texto do piauiense Gomes Campos, que originou a peça “O Auto do Lampião do Além”, a abordagem precisa ser sempre aumentada por um realismo teatral. Não que isso venha diretamente da obra original, mas as constantes falas posadas e até mesmo os cenários modulares refletem a um filme-teatro. Mas diferente do que fez Denzel Washington com sua peça deselegante, aqui a movimentação é de um o
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