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Mostrando postagens de abril, 2017

The Expanse (1° temporada, 2015) | Fomos longe demais

The Expanse , série de ficção científica produzida pela SyFy, veio conquistando os telespectadores com uma história envolvente, efeitos especiais surpreendentes e um elenco de peso. Baseado na série de livros escrita por James S. A Cory (pseudônimo da dupla Daniel Abraham e Ty Franck ) e está sendo adaptada pelas mãos de Mark Fergus e Hawk Ostby . A trama se passa 200 anos no futuro, em um Sistema Solar que se transformou em uma populosa rede de colônias.  Planetas externos com órbitas além do cinturão de asteroides, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que são ricos em minérios, e as próprias colônias do cinturão, buscam pela sua independência da Terra e de Marte, que hoje é uma das maiores forças militares do sistema. Nesse cenário o detetive de polícia Miller, nascido no cinturão de asteroides, recebe a tarefa de encontrar uma mulher desaparecida, Julie Mao. Ao mesmo tempo, James Holden, ex-primeiro oficial de um cargueiro de gelo, juntamente ao resto da tripulação

Girlboss (1° Temporada, 2017) | Do lixo ao luxo

A nova série fashionista de comédia da Netflix , “Girlboss” estreou no serviço de streaming no final de abril. O seriado conta com 13 episódios de aproximadamente 20 minutos e é uma adaptação das experiências de vida de Sophia Amoruso, fundadora da loja virtual Nasty Gal, relatadas em seu livro. Logo de cara no início dos episódios uma mensagem aparece "A seguir, uma releitura livre de eventos verdadeiros. Muito livre". Então já é deixado no ar que a adaptação vai ser uma versão diferente, exagerada talvez e com acréscimo de coisas que realmente não aconteceram. Pra quem não sabe do que se trata Girlboss, conta a história de Sophia Amoruso, criadora da Nasty Gal, comércio de roupas inicialmente vintage que surgiu como um cadastro no e-Bay, que virou uma loja online e chegou a ter dois espaços físicos em Los Angeles. E tudo isso em apenas sete anos. Britt Robertson vive Sophia Marlowe, uma jovem com um pouco mais de 20 anos. A série faz uma crítica disfarçada ao m

Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017) | Criando laços mais íntimos

Guardians of the Galaxy  Vol. 2 (EUA) Durante a Comic Con Experience de 2016, James Gunn ofereceu um dos melhores momentos para mais de dois mil nerds no auditório principal. A festa, conduzida pelo diretor, começou com trailers exclusivos, passou por cenas longas do filme e finalizou com uma boa justificativa para fazer o Volume 2 com tanto amor. Nós, os nerds, cinéfilos, leitores de quadrinhos e o público em geral que se encantou com a proeza do primeiro, fomos a personificação da missão do diretor ao criar uma continuação que tratasse, mais uma vez, de família, já que somos uma. Foi caloroso, intenso e sincero. No entanto, o filme necessitava suprir tais demandas. E assim, foi um salto, como o de Sheer Heart Attack até A Night at the Opera da banda Queen.  + Guardiões da Galáxia (2014) | Marvel Sendo Marvel Volume 2 , por mais original que fosse em sua trilha sonora, personagens e universo, exigia uma continuação que justificasse. O Baby Groot não seria suficiente caça-

Elon Não Acredita na Morte (2017) | Thriller salgado e agridoce

O primeiro longa de Ricardo Alves Junior propõe uma imersão gradativa na mente de Elon. Vivido com uma introspecção sedutora por Rômulo Braga , o personagem já surge amargurado, recatado e cabisbaixo. A pequena jornada que se insinua no início é feita sem a necessidade de adiar um conflito que já surge pronto e, por isso, a obra ganha traços admiráveis de um thriller psicológico. Mas não é como se fosse ‘Garota Exemplar’ de David Fincher que desfruta de um naturalismo no meio de todo suspense. Está mais para uma união climática dos brasileiros ‘Para Minha Amada Morta’ e ‘Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois’ . Vendo por esse histórico, ‘Elon’ divaga muito sobre a mesma desordem e, mesmo que se torne cansativo, tem uma ideia que vale a pena ser seguida. + Resenha: Garota Exemplar | Uma insanidade genial + Crítica: Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (2016) | Sofrimento em forma poética Descobrimos cedo que Madalena, esposa de Elon, sumiu. Sem mais informações

VI Festival de Jericoacoara divulga curtas selecionados

Pela sexta vez, realizadores audiovisuais de diversos estados brasileiros, responsáveis pelo novo cinema nacional, vão se encontrar em uma das praias mais belas de todo o mundo. De 7 a 13 de junho, o Festival de Jericoacoara - Cinema Digital realizará a sua sexta edição, sempre fiel à proposta original, de oferecer um novo olhar sobre o cinema brasileiro, um panorama da nova produção do audiovisual nacional, democratizada tanto em conteúdo quanto em forma, por meio da tecnologia digital. O VI Festival de Jericoacoara Cinema Digital contará, na Mostra Competitiva de Curtas, com a exibição de 30 filmes, de realizadores de 13 estados, selecionados entre nada menos que 237 inscritos. Participam do festival filmes de até 20 minutos, sobre quaisquer temas, nos gêneros documentário, ficção, animação e experimental. Neste ano, chamou atenção da comissão de seleção o grande número de documentários inscritos, refletindo-se também na lista dos selecionados. "Um total de 15 filmes,

Castelo de Areia (2017) | A qualidade regular da indiferença

Sand Castle (EUA) Fernando Coimbra é o primeiro brasileiro a frente de um filme original Netflix. Esse fato, por si só, já diz muito (ou tenta dizer) sobre um momento de transição que há mais de 10 anos estamos declarando passar. Mas  ‘Castelo de Areia’ não é, em sua natureza estrutural, um telefilme –  tradição que alavancou junto a outros meios principalmente pela ascensão das séries de TV como mercado até mais rentável e, de certo modo mais cômodo, que o cinema. O filme de Coimbra, porém, também não parece de telona. O que é, então? Filmes de guerra são cada vez mais constantes na indústria (até o controverso  Terrence Malick está preparando um para 2018) e o motivo é evidente. O tema é naturalmente dramático e de envolvimento necessário, já que não se doer por guerras parece desumano para um espectador que se rende a histórias de aspecto real. ‘Castelo de Areia’ vai nessa mão utilizando um protagonista que, felizmente, parece complexo. Não é aquele cara que vai à guerr

The White Princess (Piloto) | Amor até a morte

The White Princess se passa no fim da Guerra das Rosas, sendo uma continuação da minissérie “The White Queen" , exibida originalmente em 2013. A série também é capitaneada pela roteirista Emma Frost e se baseia no livro "A Guerra dos Primos" de Philippa Gregory . A história começa quando um dos tempos mais turbulentos da Inglaterra 'A Guerra das Rosas' está chegando ao fim. Uma paz desconfortável é adquirida quando o ex-Rei Richard III é derrotado na Batalha de Bosworth, e o vencedor, Henry Tudor, que se tornará o Rei Henry VII. Se casa com Elizabeth a princesa do reino York, filha de Elizabeth Woodville e a ex-amante de Richard III.    O casamento foi arranjado com o objetivo de unir a Inglaterra e encerrar a guerra. Mas logo rumores começam a circular sobre o Príncipe Ricardo, irmão de Elizabeth, que estaria vivo e planejando tomar o trono. Uma história bastante conhecida, mas que sempre foi filtrada pelas lentes dos homens. É uma história escrita

Vida (2017) | Pouca água, muita bacia

Life (EUA) Elevado a outro patamar em 1968 por Stanley Kubrick , a “ficção científica de espaço” também foi (e continua sendo) meio para flertar com temáticas que viajam de solidão ao sentido da vida. Isso porque o universo é suficientemente desconhecido para abarcar nossas dúvidas como humanos. E nessa leva, o próprio Tarkovski lançou o inventivo ‘Solaris’ logo em 1972. Quanto ao cinema contemporâneo, títulos como ‘Prometheus’ , ‘Gravidade’ e até mesmo ‘Interestelar’ convencem apesar da distinção. O sexto longa do sueco Daniel Espinosa ‘Vida’ entra em uma lista ainda mais recente que, por alguma razão, selecionou Marte como tendência. Teve ‘Perdido em Marte’ lembrado no Oscar e, esse ano, para coexistir, temos ‘Espaço Entre Nós’ . Tendo esse micro referencial em questão, ‘Vida’ apresenta algum poder real de sobreposição? Um duvidoso prólogo frenético tenta apresentar um ambiente que já vimos idêntico: uma estação espacial. Dentro dela, personagens com dimensões e hist

Elefante (2003) | Digestão da crueldade

Uma das explicações dadas pelo diretor Gus Van Sant sobre o título “Elefante” está ligada a uma parábola budista onde um grupo de cegos busca definir um elefante sem nunca terem visto um na vida. Cada um em um canto do animal, os homens fazem descrições diferentes e não são capazes de ter uma compreensão geral do “objeto”. Tendo isso como principal alicerce de compreensão da própria obra, ‘Elefante’ é um desses cegos. Lançado em 2003, quatro anos após o Massacre de Columbine em que os alunos Eric Harris e Dylan Klebold assassinaram 12 outros estudantes, o filme é um dos primeiros olhares de ficção sobre a tragédia. E por esse fato, atem-se a ser uma colcha de retalhos. Sem interesse em dissecar quaisquer motivações, e necessariamente por não esconder isso, um filme de difícil aceitação; não é tão simples imaginar sua responsabilidade. + Em que momentos vamos falar sobre o Kevin? É como se nem mesmo Gus Van Sant compreendesse a loucura e, por ter essa visão logicamente

Em que momento vamos falar sobre o Kevin?

Atenção: Esse texto possui spoilers de 'Precisamos Falar Sobre o Kevin' (2012) Motivado pela seleção do novo filme de Lynne Ramsay na competição do 70º Festival de Cannes, decidi rever seu segundo e famoso filme ‘Precisamos Falar Sobre Kevin’. Dessa vez mais atento aos elementos que constroem seu suspense/triller psicológico, terminei o filme com uma aflição pulsante. O modo como constrói esse sentimento, inclusive, é o que talvez exista de mais consistente na direção de Ramsay. Impulsivamente envolvido com o tema-gatilho de inspiração de seus protagonistas, duas horas depois estava com mais de dez abas abertas sobre o Massacre que ocorreu na Escola de Columbine em 1999. Entre vídeos, notícias e artigos, entrei aflito em uma história que sabia superficialmente. Essa união direta me fez repensar de modo suspeito os alicerces dessa ficção e, em busca de respostas, encontrei ainda mais perguntas. Eric Harris e Dylan Klebold Por ser recorrente em sua “história modern

Velozes e Furiosos 8 (2017) | Ação escapista se repete

The Fate of the Furious (EUA) Chegar no oitavo filme de uma franquia é bastante arriscado. Em muitos casos, a essência de uma obra já se perde após a terceira ou quarta produção, esgotando o público e causando quedas tanto em relação à bilheteria quanto em qualidade fílmica. Isto parece não ter ocorrido com "Velozes e Furiosos" , franquia iniciada em 2001 e que chega em 2017 ao seu oitavo capítulo (renomeado para "The Fate of the Furious"  ["O destino dos furiosos"] no original). Com F. Gary Gray ( "Straight Outta Compton: A História do N.W.A" , 2015) assumindo a cadeira de diretor pela primeira vez na série de filmes, temos em tela a mesma fórmula de escapismo já construída, e que promete garantir o dinheiro dos fãs com uma produção momentaneamente divertida, mas completamente esquecível após alguns minutos de sua conclusão. Na trama da vez, Dominic Toretto ( Vin Diesel ) é coagido pela poderosa terrorista virtual Cipher ( Charlize

Jude Law será jovem Dumbledore na sequência de Animais Fantásticos

O astro do cinema Jude Law interpretará o jovem Alvo Dumbledore no próximo filme da saga "Animais Fantásticos" , informou o site "Pottermore" , canal oficial de notícias sobre "Harry Potter". O personagem terá um embate com Grindewald, interpretado por Johnny Depp . Na mitologia de “Harry Potter”, os dois eram amigos quando jovens e possivelmente se envolveram romanticamente, mas acabaram se tornando rivais e protagonizaram, inclusive, uma das grandes batalhas do mundo bruxo, vencida por Dumbledore. A Entertainment Weekly conta: “Law interpretará Dumbledore muito antes do bruxo icônico se tornar o diretor de Hogwarts, como ele é conhecido nos livros e filmes de ‘Harry Potter’. Nós o encontramos décadas antes quando Dumbledore ainda atua como o professor de Transfiguração da escola. Ele também é contemporâneo a Gerardo Grindelwald, o carismático bruxo das trevas que acredita que magos são superiores aos trouxas”. O icônico bruxo, e um

LEGO Batman: O Filme (2017) | O humor que a DC nunca pediu

Rir de si mesmo, às vezes, pode ser o melhor remédio. Depois de três tentativas de decolar com o universo cinematográfico da DC, a Warner apostou em  LEGO Batman: O Filme , com piadas exageradas, estúpidas e algumas absurdamente engraçadas. O filme simplesmente tira sarro de tudo relacionado ao universo do morcego. Passeando até por obras clássicas como a série de televisão de  Adam West  até chegar em quadrinhos, como O Cavaleiro das Trevas de  Frank Miller .  Inclusive,  LEGO Batman  é o tipo de obra que se você piscar, você perdeu. As gags e o humor ácido que o personagem tira dele mesmo é o momento oportuno que o estúdio precisava. Ao trabalhar com este caráter e abraçar o que os fãs pedem, o filme brinca com o fato da péssima ideia de existir um  Esquadrão Suicida  nos cinemas e até melhora a Barbara Gordon de A Piada Mortal, escrita por  Alan Moore  em 1989. + Esquadrão Suicida (2016) | Quase vilões em aventura divertida + Esquadrão Suicida (2016) (ll) | Publicid