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Mostrando postagens de agosto, 2017

Death Note (2017) | Boas lembranças, má execução

Após um período de muita expectativa e especulação – nem sempre positiva –, Death Note , adaptação norte-americana da série de mangás homônima de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata , chega à Netflix com roupagem ocidental, estética particular e personagens familiares, mas nada além disso. Dirigido por Adam Wingard , o longa se passa em Seattle e conta a história de Light Turner ( Nat Wolff ), um jovem estudante que, ao encontrar um caderno sobrenatural, recebe o poder de matar qualquer pessoa apenas em posse de duas informações: o nome e o rosto da vítima. Após chamar a atenção de L ( Keith Stanfield ), um experiente detetive de hábitos excêntricos, Light se vê encurralado e luta para permanecer sobre o controle de suas novas possibilidades. Talvez pela bagagem anterior de Wingard – o diretor possui em seu currículo o recente A Bruxa de Blair (2016), o elogiado Você é o Próximo (2013) e o controverso V/H/S (2012) – algumas cenas chamam atenção pelas referências diretas a inúme

Emoji: O Filme (2017) | Em busca de um ritmo

Há cerca de 10 anos começávamos a utilizar de forma tímida em nossas mensagens de texto os famosos  Emojis . Na época, os chamados  Emoticons , tinham a intenção de colocar mais expressão em nossas conversas e, por muitas vezes, acabaram por substituir facilmente uma resposta em reação a algo. Em cima do conceito de que um Emoji pode substituir respostas completas,  Emoji: O Filme  do diretor  Tony Leondis , constrói a base de sua história. O protagonista Gene é um Emoji que está ansioso para o seu primeiro dia de trabalho no aplicativo de mensagens da cidade de Textopolis, cidade que se encontra dentro do celular de Alex. Já o Alex é um adolescente do ensino fundamental que, assim como muitos outros de sua idade, usa um aplicativo de mensagens para se comunicar. Após uma rápida apresentação do lugar, percebemos que cada Emoji tem sua a função definida em Textopolis. Gene acidentalmente usa o Emoji errado, o que o faz ser descriminado por isso, já que cada um deve cumprir obriga

Podcast Primeira Sessão #5: Game of Thrones S7

A sétima temporada de Game of Thrones chegou e já se foi, mas ainda temos muito o que falar sobre ela! Para isso, Primeira Sessão e Quarto Ato estão de volta com mais um podcast. Podcast Primeira Sessão #5:  Game of Thrones S7 Participam desta edição: Lucas Jansen, Kevin Alencar, Hillary Maciel, Arthur Gadelha, Clara de Castro e um pouquinho de fogo de dragão. Os produtores David Benioff e D.B. Weiss erraram a mão dessa vez ou o mundo de Westeros está intrigante como sempre? + Game of Thrones - 7ª Temporada (2017) | O meio do fim Aproveita que aqui todo mundo paga meia-entrada e vem descobrir! Assine o nosso feed e não perca os próximos episódios. Nós estamos no iTunes e em qualquer aplicativo de podcasts de sua preferência!

Atômica (2017) | Atomic Pop "Bond"

Por ser um referencial feminista moderno, a Furiosa de ‘Mad Max’ é evocada na divulgação de ‘Atômica’ , nova ação estrelada (e produzida) por Charlize Theron . A menção está disfarçada em um dos pôsteres: “Mais furiosa do que nunca” . Embora pareça um apetrecho de marketing alheio ao filme, isso faz lembrar do que brilha em sua essência: a figura de uma mulher imponente que jamais cogita a falha diante qualquer missão.  É factual que suas desenvolturas (da personagem Lorraine e de Theron) sejam responsáveis por sustentar tudo o que a câmera vertiginosa de David Leitch vende como uma ação hollywoodiana. Mas "Atômica" quer ser mais do que a aventura elétrica sobre uma mulher imbatível, e é por aí que desanda brevemente como história a ser contada.  A abertura texturizada como videoclipe explicita uma estilização extrema (algo como as “cores neon” vendidas na publicidade de “Esquadrão Suicida” ), dando destaque a um tom de azul tão burlesco que inclusive lembra a p

Game of Thrones - 7ª Temporada (2017) | O meio do fim

O termo  fanfic  nunca foi tão associado a uma série como foi com  Game of Thrones  em sua sétima temporada. Os defensores acreditam que o grande culpado seja o seu criador,  George R.R Martin , uma vez que não concluiu nenhuma nova obra da saga. Outros apontam para os showrunners,  David Benioff  e  D.B Weiss , que, por mais tolos que tenham sido em algumas situações, merecem o reconhecimento de adaptarem algo inadaptável, como aconteceu com  Watchmen: O  Filme ou com a franquia  O Senhor dos Anéis  em outros anos. Retornando ao termo fanfic, que significa um conto escrito por fãs sobre a saga amada, e a adaptação de As Crônicas de Gelo e Fogo, muitos, inclusive aqueles presentes em grupos de internet, acusam a banalidade que tornou a série em algo inconsistente, com o exemplo do dragão de gelo e do casal que muitos odeiam  shipar , mas acabam  shipando . Shipar, por outro lado, significa torcer para que duas pessoas formem um casal. Inclusive, através de dois termos que se

Bingo: O Rei das Manhãs (2017) | Daniel Rezende estreia o cargo de direção com sabedoria invejável

Daniel Rezende , montador de grandes filmes nacionais, como Cidade de Deus e Tropa de Elite 1 e 2, dirige o seu primeiro filme, Bingo: O Rei das Manhãs , com muita perspicácia e com características que flertam com a fantasia. A trama, inspirada na vida de Arlindo Barreto , apesar de baseada em fatos, se distancia de movimentos, como o Neorrealismo Italiano, cujo foco era apresentar e desenvolver histórias, personagens e situações reais, já que, mesmo com a vasta documentação provando a vida de Arlindo, o que fica é a sensação de que tudo que está sendo visto é irreal.  Vladimir Brichta interpreta Arlindo, o palhaço Bozo, que apresentou o famoso programa infantil nas manhãs do SBT na década de 1980. No texto do filme, o diretor alterou os nomes de algumas emissoras e a marca do palhaço por questões judiciais. O nome de Arlindo, no entanto, já marca o primeiro ponto de fantasia, visto que é substituído por Augusto, assim como Bozo muda para Bingo. As alterações, em vista disso

Corpo Elétrico (2017) | O ser humano gay

Marcelo Caetano evoca um personagem que não existe no protagonismo do cinema brasileiro contemporâneo. Elias é gay e nordestino, como explica didaticamente sua sinopse, mas ao invés de isso significar uma distinção do que conhecemos, como o Iremar de Boi Neon , esse personagem solidifica a consciência do que a realidade, de fato, representa. Coincidentemente, assim como a obra de Gabriel Mascaro , ‘Corpo Elétrico’ não se embola em conflitos previstos (inclusive flertando com isso na estrutura de seu roteiro). A trama de Caetano é “simplesmente” todos aqueles sonhos que permanecem guardados. Mas o sonho de Elias talvez seja mais interativo que o de Iremar. Menos que o "ineditismo" de ser estilista no sertão, Elias quer se sentir vivo na cidade. Isso, porém, não encontra qualquer concretude, fazendo com que a obra se encontre nos curtos devaneios e anseios de seus personagens. Muitos desses pensamentos contornam a trama de uma urgência silenciosa, evocando a eletri

Podcast Primeira Sessão #4: Os Defensores

Primeira Sessão e Quarto Ato estão de volta para falar sobre o universo Marvel/Netflix, que ganhou sua mais nova série: Os Defensores . Podcast Primeira Sessão #4: Os Defensores Participam desse episódio: Lucas Jansen, Gabriel Amora, Kevin Alencar e Hillary Maciel. Vem com a gente, porque aqui todo mundo paga meia-entrada!

A Torre Negra (2017) | Superficial disfarçado de complexo

The Dark Tower (EUA) Um  western  com toques de ficção científica, fantasia e terror: se até mesmo classificar  A Torre Negra , obra do escritor  Stephen King , em um gênero literário é um trabalho difícil, levar a saga para as grandes telas sempre se mostrou tarefa ainda mais complicada. Depois de muitas tentativas de tornar o filme uma realidade, com o projeto sendo constantemente engavetado apenas para ser reativado de novo, o longa finalmente chegou nas mãos da Sony e do diretor dinamarquês  Nikolaj Arcel , também co-autor do roteiro.  Entretanto, a complexa trama dos oito livros da saga é muito mais simplista em sua adaptação audiovisual, com apenas 95 minutos de exibição. Diante da ameaça do Homem de Preto ( Matthew McConaughey ) de destruir a Torre Negra, estrutura responsável por manter a existência de todos os mundos, cabe a Roland Deschain ( Idris Elba ) cumprir seu papel como pistoleiro e intervir nos planos do mago, evitando o colapso total do universo, ao mesmo

Message from the King (2017) | Netflix erra em sua produção

Message From the King (EUA) King: Uma História de Vingança  é o novo lançamento original da Netflix, que conta a história de Jacob King ( Chadwick Boseman , o Pantera Negra do Universo Cinematográfico da Marvel), um sul-africano que, ao descobrir que a sua irmã está morta, acaba se envolvendo nas redes de crime em busca de vingança.  O filme, que traz uma premissa muito simples e bastante explorada no gênero de ação, desenvolve o clássico clichê de um homem sozinho em busca de vingança, como já foi mostrado em  Busca Implacável . Apesar disto, a obra tenta sair do esperado para o tipo de narrativa, ainda que o roteiro não seja bem amarrado, algo que o torna confuso e incoerente em alguns momentos. A trama, desse modo, fica estagnada, principalmente levando em consideração a expectativa criada no início.  A obra, que aposta em uma fotografia de enquadramentos fechados, desenvolve uma câmera tremida, como se o público estivesse acompanhando o protagonista ao seu lado, o q

Os Defensores - 1ª Temporada (2017) | A finalização da primeira fase de heróis da Netlifx

The Defenders (EUA) Em 2015, a plataforma de streaming Netflix deu início ao ambicioso projeto de Universo Estendido da Marvel. Começando com  Demolidor , série que indiscutivelmente fortalece o selo 'Original Netflix'. Após o sucesso, são lançad as também temporadas de  Jessica Jones ,  Luke Cage  e  Punho de Ferro , que, apesar de não terem alcançado o mesmo efeito de  Demolidor , trazem com coerência um inimigo em comum para seus respectivos heróis. Os Defensores partem desse inimigo e deixam de lado as suas diferenças para derrotar tal ameaça. Com um início lento, a série trabalha o encontro deles em cima da ameaça do Tentáculo, já citada em todas as séries solo e liderada por Alexandra ( Sigourney Weaver ). Os primeiros a se cruzarem são Luke Cage e Punho de Ferro. Motivados por seus problemas pessoais, eles acabam por se encontrar com uma justificativa plausível. + Demolidor (2015) | O inverter dos polos + Demolidor (2° temporada, 2016) | Marvel expande

A Torre Negra - Série Literária Completa (1982 - 2012) | Quando a fantasia encontra o terror

The Dark Tower (EUA) “O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás”, diz a primeira linha de  O Pistoleiro  (1982, 224 páginas), livro que inaugura a saga de  Stephen King  intitulada  A Torre Negra , considerada pelo próprio autor como sua  magnum opus . Mas a simplicidade de seu início em nada se assemelha à complexa história construída ao longo de 30 anos, com sete livros principais, um extra e outras dezenas de histórias convergentes a esse universo em outras obras do escritor norte-americano. Surgida da vontade de King de fazer o seu “próprio  O Senhor dos Anéis ” e baseada em um poema de  Robert Browning  ( Childe Roland à Torre Negra Chegou ), a saga do pistoleiro Roland Deschain, espécie de cavaleiro da távola redonda do velho oeste, carrega uma infinidade de gêneros literários com novos elementos mitológicos que surgem a cada volume. Apesar de começar como um simples  western  (ainda que com ares pós-apocalípticos), acaba cedendo espaço à ficção cien

Série baseada em livro de J. K. Rowling ganha trailer

A série 'Strike', produzida pela BBC One, é baseada nas aventuras do detetive particular Cormoran Strike, personagem apresentado no livro "A Chamada do Cuco". O livro de autoria de J. K. Rowling foi lançado sobre o pseudônimo de Robert Galbraith, e foi aclamado pela crítica enquanto essa informação ainda era secreta.  A história acontece em Londres, assim como Harry Potter, e acompanha o detetive que investiga o suicídio de uma modelo. Foram lançadas duas continuações da história de Strike, nos livros "Bicho-de-Seda" e "Vocação para o Mal", e ambas estão sendo adaptadas para a série. Confira a série que estreia na tv dia 27 de agosto:

Podcast Primeira Sessão #3: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Primeira Sessão e Quarto Ato retornam para discutir Valerian e a Cidade dos Mil Planetas . O filme já nasceu datado ou se tornará um clássico cult como os outros filmes do diretor  Luc Besson ? + Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) | O sonho que virou pesadelo Na terceira edição, Lucas Jansen, Kevin Alencar, Hillary Maciel e Clara de Castro discutem todos os problemas do filme e as oportunidades perdidas do roteiro. Podcast Primeira Sessão #3: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas Confira abaixo se a obra é realmente uma bobagem ou um passatempo. Independente da resposta, todos continuam pagando meia-entrada!

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) | O sonho que virou pesadelo

Valerian and the City of a Thousand Planets (EUA) Valerian e a Cidade dos Mil Planetas  foi pensado para ser um blockbuster. E com essa classificação, é fácil atingir o público médio do cinema: o grupo de amigos; o casal que assiste filmes esporadicamente; os curiosos. O estranho, porém, é quando nem o público para o qual o filme foi desenvolvido aceita ou gosta do que está vendo. O exemplo disso aconteceu na sessão que assisti Valerian , quando um rapaz saiu no meio da sessão e ainda sentiu a necessidade de xingar o filme para todos que estavam ali. Ele estava decepcionado – e com razão.    De um sonho antigo do diretor e roteirista  Luc Besson , Valerian é uma adaptação dos quadrinhos de ficção científica de 1967, que ganha forma na grande tela com a promessa de entreter o seu público. Isso é o mínimo que se pode esperar de uma trama espacial, com dois atores jovens, raças alienígenas diferentes, contínuo uso de CGI e, claro, da Rihanna . No entanto, o entretenimento