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Mostrando postagens de dezembro, 2016

Os 10 Melhores Filmes de 2016 | Lista 4TO

Em um ano recheado de surpresas e eventuais decepções, o cinema reservou grandes pérolas. A redação de Cinema do Quarto Ato se reuniu para uma extensa votação que resultou na lista que você confere abaixo. Os Melhores Filmes de 2016, segundo o Quarto Ato: 10. Rogue One: Uma História Star Wars , de Gareth Edwards "Mesmo sendo a maior referência de cultura pop, a saga Star Wars vai além do entretenimento, da aventura e da jornada do herói. Em todos os filmes da saga, a trama faz questão de abordar questões políticas pertinentes que dialogam com situações que a humanidade vive desde sempre, como a opressão e a resistência. Rogue One realiza isso muito bem e de forma corajosa, ao passo que são tomadas decisões que fogem do que costuma ser visto na saga. A substância que faz Star Wars ser o que é foi belamente contemplada em Rogue One – isso já é um bom motivo para ir ao cinema."  Confira a crítica completa por Hillary Maciel [next] 9. O Lagosta , de Yorgos Lanthimos

Livros de Oportunidades | Do Youtube para os livros

O que falar sobre a enxurrada de publicações de livros de youtubers no ano de 2016? Esse ano foi indubitavelmente o ano dos livros de youtubers. Vimos em todas as livrarias pelo país dezenas de livros escritos por esses influenciadores digitais. Entre as prateleiras de Literatura estrangeira e Literatura brasileira abre-se um novo segmento: Literatura dos Youtubers. Tenho um pouco de resistência com relação aos livros escritos somente para angariar lucro, sei que é meu lado romântico falando por mim, mas as editoras não querem grandes escritores que façam livros com profundas lições de vida e que durem gerações, querem vender. Simples assim. E é crime querer vender e ter lucro? Não, mas o que observamos é quase um descaso com escritores que se dedicam a escrever e escrever bem. Você pode me dizer que vender bem esses livros de “oportunidade” vai ajudar a editora a investir em bons escritores. Só posso te desiludir, caro amigo. Esse nicho que se abriu vai sim abrir oportuni

Lista 4TO | 5 melhores séries estreantes de 2016

O ano de 2016 foi um tiro certo para os seriadores de plantão. Novas temporadas de séries consagradas para aqueles que esperaram um ano para assistir, como por exemplo os fãs de Game of Thrones, mas a espera valeu a pena. Mas foi as novas séries que surpreenderam os telespectadores, por isso, o 4TO selecionou 5 melhores séries estreantes de 2016. Em ordem de lançamento: American Crime Story: People v. O.J. Simpson' American Crime Story segue na mesma estrutura de American Horror Story, uma história diferente a cada temporada, tendo também como o mesmo criador Ryan Murphy . A série roubou a cena no Emmy desse ano, levando várias estatuetas como de melhor série limitada, melhor roteiro em série limitada (novo nome para categoria minissérie), melhor ator (Courtney B Vance) , melhor atriz (Sarah Paulson) e melhor ator coadjuvante (Sterling K. Brown) . A série conta a história real do conturbado julgamento de O.J. Simpson, astro de futebol americano que foi acusado d

Morre Debbie Reynolds, mãe de Carrie Fisher

Debbie Reynolds, a atriz vivaz, dançarina e estrela pop dos musicais Singin 'in the Rain e The Unsinkable Molly Brown, morreu quarta-feira, apenas um dia depois que sua filha, Carrie Fisher, faleceu, disse Todd Fisher a TMZ . Ela tinha 84 anos. Reynolds morreu depois de ser hospitalizada por uma emergência médica. Na terça-feira, sua filha, a atriz de Star Wars, autora e roteirista, morreu de complicações de um ataque cardíaco que sofreu quatro dias antes, em um vôo de Londres para Los Angeles. Fonte: THR

Morre Carrie Fisher, Princesa Leia de "Star Wars"

Carrie Fisher, nossa eterna Princesa Leia, morreu nesta terça-feira (27) com 60 anos, de acordo com um representante da família, Simon Halls. A atriz já estava internada nos Estados Unidos desde sexta-feira (23), após sofrer um ataque cardíaco em um voo de Londres para Los Angeles e estava em estado crítico. Filha do cantor Eddie Fisher e da atriz Debbie Reynolds, Carrie começou sua carreira nos cinemas em 1975, com "Shampoo", mas é mundialmente conhecida por ser papel em "Star Wars: Uma nova esperança", como Princesa Leia. Ela participou em 2015 em "Star Wars: O Despertar da Força" e estava escalada para o oitavo episódio da saga, ainda sem nome oficial, que possui estreia no Brasil para dia 15 de dezembro de 2017. Nós, do Quarto Ato, lamentamos a perda e desejamos força para os familiares, amigos e fãs.

Sense8: Especial de Natal (2016) | Mais que um especial

Sense8: A Christmas Special (USA) Das séries originais da Netflix, Sense8 é a que melhor trabalha a contemporaneidade em  seus discursos. A forma como se constrói a conexão entre oito personagens de realidades diferentes é cativante, porém, mais do que isso, é descobrir que, acima de todas as diferenças, eles encontram um ponto comum. É sobre isso que Sense8 se trata: igualdade. Para aconchegar os corações dos fãs neste intervalo entre a 1ª e a 2ª temporada, a série nos introduz à nova fase dos sensates. Após as descobertas e desenvolvimento inicial de personagens, agora se acompanha o desenrolar dos dramas individuais e do mistério ao redor do fenômeno que estão vivendo.  O que de melhor foi visto na primeira temporada é retomado no Especial de Natal. Escrito e dirigido por Lana Wachowski , o episódio soma a abordagem sci-fi ao sentido mais humanista possível e, a partir disso, constrói um elo não somente entre os oito, mas entre todos que acompanham a série. E, ap

Podcast Quarto Ato #02 - Impressões CCXP 2016

Os Redatores Gabriel Amora e Hillary Maciel (integrantes das equipes de cinema e quadrinhos) listaram os melhores momentos da Comic Com Experience 2016! Com muito emoção, a dupla dialogou sobre os principais encontros que viveram nos 4 dias de pura nerdice. Confira no segundo Podcast do Quarto Ato!

Passageiros (2016) | O clichê honesto

Passengers (EUA) Passageiros certamente possui uma das tramas mais genéricas dessa temporada pré-Oscar. Sequências, ideias, conceitos e discussões retiradas de inúmeros filmes que estudam a solidão no desconhecido do espaço, o que traz a sensação de repetição logo quando os créditos começam a surgir na tela. No entanto, é inegável que o filme se esforça em ser divertido, já que não é nem um pouco original.  Chris Pratt e Jennifer Lawrance confirmam isto. Os únicos astros presentes em grande parte do filme possuem uma química incomparável, algo que indica a dedicação exemplar de ambos. Pratt, com a sua simpatia inconfundível, abraça o trabalho de ser o único homem presente na nave, que os transporta para outro planeta, de maneira eficaz o suficiente ao ponto de nunca cansarmos de suas reações diante do terror em que ele vive. Lawrence mantém o padrão, o charme usual e se esforça em prosseguir no ritmo que o filme requer. A cinematografia e o design de produção são comp

Sinfonia da Necrópole (2016) | Sincero e comovente

Sinfonia da Necrópole (Brasil) Parceira de Marco Dutra , que esse ano também se destacou com ‘O Silêncio do Céu’ , Juliana Rojas concebe em ‘Sinfonia da Necrópole’ um filme de alma sincera. Exatamente por este ponto, uma produção que sabe ser “original” muito além do próprio formato. + O Silêncio do Céu (2016) | A dor como um norte “Fabulando” a história de Deodato, um coveiro que teme a morte, Juliana não deixa que sua pauta caia nas reflexões muito lógicas sobre o cenário que registra. O primeiro momento musical, inclusive, além de funcionar como uma apresentação ao ritmo levemente cômico e agradável que permeia toda a obra, também o dignifica com conformismo. As vozes “não profissionais” em cena criam um cenário de proximidade admirável e a quebra entre a “realidade” e “fantasia” perde cortes bruscos.  O coveiro profissional, o senhor que sonha em morrer, o padre sistemático, o empresário da funerária, a mulher que se acostumou com a morte. Essa gama de personagens

Eu, Daniel Blake (2016) | O discreto charme da burocracia

I, Daniel Blake (UK) A análise da burocracia e do autoritarismo do Estado são recorrentes no cinema contemporâneo.  Desde o episódio A Bombinha , pertencente ao filme argentino 'Relatos Selvagens' (2014), até o nacional 'Saneamento Básico' (2007), são apresentados os entraves subsequentes da burocratização em seus diversos âmbitos, seja um guincho indevido ou a necessidade de verba para conserto de um córrego.  Em 'Eu, Daniel Blake' o problema se inicia quando há a suspensão do auxílio acidente de Daniel ( Dave Johns ), que sofrera um ataque cardíaco. Seus médicos atestam que ele está impossibilitado a voltar a trabalhar; porém o departamento federal alega que Daniel deve voltar a trabalhar, ou procurar o auxílio desemprego – tendo que, para este, provar que está entregando currículos e procurando emprego. Daniel, viúvo, reencontra os valores familiares em Katie ( Hayley Squires ), uma mãe solteira recém-chegada em Tottenham, e em seus dois filh

Sing - Quem Canta Seus Males Espanta (2016) | Animação agrada na proposta musical

Sing (EUA) À primeira vista, a animação Sing - Quem Canta Seus Males Espanta  não apresenta ideias tão originais. Produzido pela Illumination Entertainment, divisão dos estúdios Universal responsável por produções do gênero e cujo maior sucesso consiste na franquia Meu Malvado Favorito , o filme está entre os muitos recentes estrelados por animais - sendo Zootopia , dos estúdios Disney, o que mais conquistou relevância em 2016. No entanto, com grande elenco de vozes e várias hits musicais conhecidos pelo público, Sing  tenta consolidar-se como um longa de destaque que, apesar das grandes promessas em bilheteria, não possui de fato muita força.  Logo nas sequências iniciais, somos introduzidos ao coala Buster Moon ( Matthew McConaughey no áudio original), que desde a infância nutre paixão por um imenso teatro local, tornando-se proprietário dele nos anos à frente. Porém, com o fracasso de seus shows, a propriedade beira à falência, e como iniciativa para salvá-la, Moon dec

Minha Mãe é Uma Peça 2 (2016) | Comodidade bem-vinda

"Minha Mãe É Uma Peça 2" (Brasil) Paulo Gustavo é um dos maiores humoristas de mídia da atualidade. Soube consolidar seu estilo de  humor e ramificar suas vertentes. Assim foi com o sucesso ‘Minha Mãe É Uma Peça'  que chegou aos cinemas com sucesso numeroso. A continuação do que um dia chamaremos de franquia não ousa e espelha muito de seu antecessor, mas continua igualmente divertida. Iniciando após um pequeno hiato, Dona Hermínia já está consolidada em seu programa de TV, mudou de apartamento e segue uma vida tranquila. E a primeira diferença não demora para se tornar visível; o roteiro se preocupa com mais focos. Com a ausência momentânea dos filhos, não teme incluir uma personagem nova na história. A irmã Lúcia Helena ( Patricya Travassos ) tem participações, por mais que subestimadas, funcionais que entregam ao filme um novo compromisso – afinal, é preciso trabalhar seus novos traços de humor. E, entre o exagero (já conhecido) e o desuso, há um personagem

Rogue One: Uma História Star Wars (2016) | Uma esperança quase nova

Rogue One - a Star Wars Story (EUA) ‘Star Wars’ é daquele tipo de saga que não vai, e nem tem porquê, esgotar. Assim como ‘Harry Potter’ e ‘Senhor dos Anéis’ , estamos falando de histórias inseridas em universos muito maiores que as próprias, e, por isso, potencialmente férteis. ‘Rogue One’ surge desse princípio e chega, principalmente, para dar à ‘Star Wars’ uma consistência deixada de lado no início da saga por conta de um enredo que foi suficiente à época. Até então não me conformo que “O Retorno de Jedi” tenha repetido a Estrela da Morte como despertar dramático. Ter esse mesmo elemento como “destaque” aqui foi o meu primeiro grande temor. No entanto, a clareza com que envolve isso em um contexto político desde sua primeira cena torna a ideia muito mais real, esvaindo-se parcialmente de contextos óbvios – mas não esconde se usar disso para construir sua “protagonista”. Seu desenrolar, porém, soa brusco. Por ter personagens temporários (afinal, é uma história qu

Blue Jay (2016) | Sensação agridoce

Blue Jay (USA) Uma das dores mais incontroláveis é a da perda. E, em sua grande maioria, o fim de um relacionamento promissor dói tanto quanto o fim de uma vida, como se o futuro, a qual já é misterioso o suficiente, fosse substituído por uma nova chance que o destino irá apresentar. Por isso que há uma identificação profunda com Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e com (500) Dias com Ela , já que a dor que os personagens sentem são tão sinceras e verdadeiras que, ao término da obra, o que fica é a sensação de “eu te entendo”. Blue Jay , filme original da Netflix não fica atrás. A sua melancolia não é das mais criativas ou inovadoras, mas é de uma sinceridade tão pura que em diversos momentos o choro se torna riso e vice-versa, o que consequentemente traz aprecio por aqueles personagens que conhecemos mais que a própria apresentação do roteiro; até porque Jim e Amanda somos nós, espectadores. Desse modo tão pouco enigmático o filme é uma carta de arrependimentos