Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2017

A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (2017) | O cérebro eletrônico faz quase tudo

Ghost in the Shell (EUA) Em 1995, ‘Ghost in the Shell’ já chegou aos cinemas como animação; nada mais compatível ao formato que sua história surgiu. E ambos, o mangá e o filme, dividem a mesma origem japonesa. É impossível entrar na sua “revitalização” hollywoodiana sem estranhar uma história que permanece japonesa com uma protagonista (Major) não só ocidental, como obviamente norte-americana. A justificativa de ‘A Vigilante do Amanhã’ diante isso, porém, é felizmente desafiadora. A história se passa em um futuro onde a relação entre a humanidade e a tecnologia se estreitou a quase seu extremo. Um mundo digital que resume homens e máquinas à mesma condição. Interessando-se pela idealização original de uma sociedade cibernética, a obra consegue construir uma realidade que impressiona. O principal destaque de ‘A Vigilante do Amanhã’ mora nesse vinculo que já foi tão sucateado entre obras originais e “remakes”; o filme tem uma vontade muito grande de agregar um novo olhar qu

O Poderoso Chefinho (2017) | Comédia animada é pouco marcante

Boss Baby (EUA) Notável pelo público por seus longa-metragens cheias de comédia e, eventualmente, sentimento, a DreamWorks Animation Studios figura como concorrente direta da Disney, produzindo material de forte peso comercial e qualidade técnica, como as franquias "Shrek" (2001-2010) e "Kung Fu Panda" (2008-2016). Após o bem sucedido "Trolls" , lançado em 2016, o estúdio agora entrega, sem muito marketing , o tímido "O Poderoso Chefinho" (2017), encabeçado por Tom McGrath , diretor de todos os filmes da trilogia "Madagascar" (2005-2012). O conteúdo do novo filme, porém, não entrega tanta força e sucesso quanto os já aqui citados. Quando o pequeno Tim Templeton ( Miles Chistopher Bakshi / Tobey Maguire ), até então filho único do atencioso casal Janice ( Lisa Kudrow ) e Ted ( Jimmy Kimmel ), recebe a notícia de que ganhará um irmão, sua recepção não é nada positiva. E quando o bebê de fato chega, em um táxi, usando ternin

Miles Teller vai estrelar serie de Nicolas Winding Refn

Amazon: Miles Teller vai estrelar serie de Nicolas Winding Refn O ator de 'Whiplash' se junta a uma lista crescente de atores que já inclui Julianne Moore e Robert De Niro O ator, que estrelou o aclamado Whiplash, assim como a série de filmes Quarteto Fantástico e Divergente, irá estrelar "Too Old to Die Young", um thriller policial do cineasta Nicolas Winding Refn, que explora um submundo de assassinos. Teller desempenhará o papel principal de Martin, um policial do submundo criminoso de Los Angeles. Refn escreveu a série com Ed Brubaker, o prolífico autor de quadrinhos (Capitão América, The Fade In), com Refn a bordo para dirigir toda a série. Die Young fala de um policial aflito que, junto com o homem que atirou em seu parceiro, encontra-se em um mundo cheio de homens da classe trabalhadora, soldados, assassinos de cartel enviados do México, capitães da máfia da Rússia e gangues de assassinos adolescentes. A Amazon, que fez o anúncio do elenco, diz

Crítica: Love (1° temporada, 2016) | A vida como ela é

Love - Season 1 (EUA) A fórmula piegas do “ boy meets girl ” já está extremamente batida. Só não está datada, pois ainda há quem se arrisque em brincar com os estereótipos de modo cômico e, para a nossa contemporaneidade, dramático. Judd Apatow , neste sentido, expande a sua cartilha de clichês bem resolvidos que atinge quem assiste. A primeira temporada de Love , série original da Netflix, é, sem dúvidas alguma, um presente. O diretor de O Virgem de 40 Anos , Ligeiramente Grávidos e outros sucessos, exibe, mais uma vez, a sua pauta principal: os mistérios de uma geração que não encontrou ainda o propósito da vida. Os personagens, que aqui repetem a regra, são jovens adultos que nasceram nos anos de 1980 e ainda vivem o modo de vida das décadas passadas. Love segue o clichê. As referências, nesse caminho das pedras, se desenvolvem como uma maneira de criar humor. A cultura popular, fixa nos anos dourados, rendem anedotas e sátiras interessantes e inteligentes de como o m

Scorsese, Dardennes e o Poder do Silêncio

Atenção: Esse texto possui spoilers de 'Silêncio' (2017) e 'A Garota Desconhecida' (2017) O novo filme de Martin Scorsese ‘Silêncio’ é a obra mais injustiçada dos últimos anos em Hollywood. E, mesmo que haja uma explicação cabível para o não investimento da distribuidora em planos de marketing, é uma pena que ele surja desse limbo. O imenso destaque de ‘Silêncio’ é uma opção técnica que inicialmente assusta: o uso íntegro e respeitoso do próprio silêncio. Dois dias depois, pensando ininterruptamente no filme, fui assistir ao novo filme dos irmãos Dardenne ‘A Garota Desconhecida’. E, para minha surpresa, é outra obra que decide ter como alicerce o silêncio e todas suas incitações psicológicas. A distinção desse uso em ambos os filmes me deixou animado quanto a capacidade de impacto que simples motivações narrativas são capazes de causar.  Em ‘Silêncio’, dois padres jesuítas portugueses partem para uma jornada desafiadora rumo a um Japão do século XVII que repr

Universo Homem-Aranha: Sony lança projeto para Sabre de Prata e Gata Negra

Após trabalhar em "Thor: Ragnarok", o roteirista Chris Yost está trabalhando em novo projeto que promete inovar e agradar aos fãs: um possível spinoff do Homem-Aranha que está por vir com as personagens Sabre de Prata e Gata Negra. Yost foi contratado pela Sony e já possui diversos filmes de heróis no currículo, como "Thor: O Mundo Sombrio", "Max Steel" e por ter sido um dos criadores de "X-23", quadrinho pelo qual o filme "Logan" fora baseado. Enquanto Sabre de Prata (criada por Tom DeFalco e Ron Frenz) é uma mercenária antagonista e por vezes aliada do Homem-Aranha, Gata Negra possui uma longa história como par romântico do aranha. Com o novo filme do Aranha chegando nos cinemas em breve, as possibilidade de explorar esse universo estão passando por uma expansão. A produtora Sony já está desenvolvendo "Venom", baseado no personagem popular por ter aparecido no terceiro filme de Sam Raimi, com previsão para outubro

Power Rangers (2017) | Adaptação encontra relevância e diverte

Power Rangers (EUA) Se você nasceu nas décadas de 80 ou 90, provavelmente reconhece "Power Rangers" como um elemento relevante da cultura pop . Garantindo alguns minutos em programação matutina da TV aberta, a série se tornou um ícone infanto-juvenil, declinado ao longo dos anos por ausência de fôlego em suas várias temporadas. Eis que, sob a direção de Dean Israelite (cujo longa de estreia é "Projeto Almanaque" , de 2015) e a distribuição do estúdio Lionsgate, os heróis coloridos ganharam nova roupagem para as telonas, destinada à geração que ressoa influências de  games e filmes de super-heróis. Seria esta uma decisão errônea, feita sob puro pretexto comercial? Com a nova produção, repleta de tom nostálgico, os realizadores mostram que há, sim, algo de relevante a se (re)apresentar.  Com trama "de origem", visto que é um filme para  reboot , "Power Rangers" conta como os desajustados jovens Jason ( Dacre Montgomery ), Kimberl

T2 - Trainspotting (2017) | Nostalgia e maturidade em equilíbrio

T2 - Trainspotting (EUA) Vinte e um anos depois, o cineasta Danny Boyle reúne o elenco original de ‘Trainspotting- Sem Limites’ para uma continuação à altura de sua obra-prima e onde a nostalgia é uma arma poderosa, mas que não se esquece de abraçar as novas gerações e contin ua com ácidas críticas sociais e um humor negro de primeira. Para os fãs de ‘Trainspotting’, essa sequência é um verdadeiro presente recheado de referências, mas muito longe de ser apenas uma tentativa vazia de recriar cenas ou mesmo de trazer pequenos momentos de seu antecessor.  É realmente obrigatório ter assistido ao primeiro filme para ir ver ‘T2’? Na verdade não é, mas, além de uma compreensão maior da história, torna a experiência bem mais completa e possibilita uma boa comparação do quanto as personagens evoluíram dentro da proposta dos dois filmes. Em ‘T2’, as consequências dos atos que encerraram ‘Trainspotting’ são o ponto de partida da nova trama. Mark Renton ( Ewan McGregor ) abandon

Fragmentado (2017) | Redenção de Shyamalan

. Refém de sua própria fórmula, M. Night Shyamalan construiu uma carreira com altos e baixos. Para quem acompanha as obras do diretor, é intrigante saber que o idealizador dos aclamados Sexto Sentido (1999) , Corpo Fechado (2000) e Sinais (2002) , tenha sido responsável por filmes como Fim dos Tempos (2008) e Depois da Terra (2013) . Porém, após um declínio progressivo, Shyamalan tenta se redimir com seu público e com a arte cinematográfica através de Fragmentado . Num roteiro original do controverso diretor, é inevitável esperar alguma reviravolta – que agora está bem mais sutil. Slipt nos apresenta Kevin ( James McAvoy ), um homem de 23 personalidades distintas, que sequestra três adolescentes e as mantém em cativeiro. Até a primeira metade, o filme desperta o desejo de compreender o modo de agir e as motivações das personalidades que Kevin assume. Com os planos fechados característicos do diretor, não fica difícil se aproximar e sentir a mesma angústia e confusão

Laurence Anyways (2012) | Maturidade de Dolan

O terceiro filme de Xavier Dolan é imenso. Impossível não começar por esse aspecto inquietante, foi a primeira coisa que me veio à cabeça depois da jornada de 168 minutos. A segunda foi que valeu a pena. Revisitando suas principais inquietações e ace ntuando as mais necessárias, “Laurence Anyways” é um estudo, embora cansativo, do que Dolan é capaz de construir. Que rapaz interessante. O que move o “cinema indie”, do qual nasceu Dolan (por mais que, de imediato, tenha sido vangloriado em grandes festivais), é a linha tênue entre forma e conteúdo. Geralmente tratando questões íntimas, a despreocupação (maravilhosa) com formatos narrativos pode ser um caminho inteligente ao desprender suas obrigações para com os espectadores. Embora seja rico demais para estar nessa categoria, “Laurence” tem essa cara – um roteiro de transições simples que encontra sua principal consistência em outros aspectos.  Contando a história de um homem que deseja se tornar mulher, Dolan deixa de la

Charlize Theron e Seth Rogen vão estrelar em comédia

Jonathan Levine  ( 50% e Meu Namorado é um Zumbi ) dirigirá o filme com um roteiro (de lista negra) escrito por Dan Sterling . A história centra-se em um jornalista desempregado ( Seth Rogen ), maltratado por seu próprio infortúnio e maneiras auto-destrutivas, que se esforça para perseguir sua babá que se tornou uma das mulheres mais poderosas e inatingíveis do mundo ( Charlize Theron ). [message] "Jonathan Levine é o diretor perfeito para trazer o roteiro histérico de Dan Sterling para o cinema com nossas duas estrelas muito talentosas, Charlize Theron e Seth Rogen". Jason Constantine, presidente de aquisições e co-produção da Lionsgate.   O filme está programado para uma data de início de outono Em pré-produção: Charlize Theron e Seth Rogen vão estrelar em comédia O filme se chama 'Flarsky' no título original

'Big Bang Theory' é oficialmente renovada para mais duas temporadas

A CBS e os produtores da Warner Bros fecharam oficialmente uma renovação de mais duas temporadas para The Big Bang Theory , segundo o jornal The Hollywood Reporter . Fontes dizem co-estrelas Mayim Bialik e Melissa Rauch ainda estão sem contratos, embora ambos sejam esperadas para retornar uma vez que um novo acordo pode ser trabalhado. Big Bang Theory vem com um custo de produção robusto: US$ 10 milhões por episódio. CBS e WBTV esperam, em conjunto, cobrir esses custos. Em sua 10 ª temporada, Big Bang Theory continua a ser uma propriedade chave para a CBS e WBTV, ranking como a série de roteiro nº 1.  Renovada: 'The Big Bang Theory' terá mais duas temporadas A série chegará em sua 12ª temporada

Robert Downey Jr. viverá Doutor Dolittle nos cinemas

Robert Downey Jr. vai estrelar 'A Viagem do Doutor Dolittle', com base no personagem da série de 1920 escrita por Hugh Lofting . Stephen Gaghan ( Depois da Terra, Regras do Jogo ) dirigirá o filme baseado em um roteiro que ele escreveu, com um esboço anterior de Tom Shepherd . O doutor Dolittle surgiu para o cinema no musical de 1967 ' Dr. Dolittle' , dirigido por Richard Fleischer . Foi escrito por Leslie Bricusse com base nos romances de Hugh Lofting: A História do Doutor Dolittle , As Viagens do Doutor Dolittle e o Circo do Doutor Dolittle . A história segue o médico excêntrico John Dolittle, um médico que vive com animais, alegando que pode se comunicar com eles. O musical de 1967 não foi bem recebido na época, mas foi indicado ao Oscar de Melhor Filme e ganhou por Melhor Canção Original e Efeitos Visuais. Outro filme do Dr. Dolittle foi lançado em 1998 e estrelou Eddie Murphy no papel titular. O filme da Fox foi um sucesso e resultou em quatro sequên

'Power Rangers' quebra barreira com primeira heroína gay do cinema

Power Rangers está derrubando uma barreira que nenhum filme de super-herói fez antes. O reboot da Lionsgate do programa de TV infantil dos anos 90 é o primeiro filme de super-herói de grande orçamento que apresenta um protagonista LGBT. [message] "Trini está questionando muito sobre quem ela é. Ela ainda não descobriu o que aconteceu, acho que o que é ótimo nessa cena e o que ela propicia para o restante do filme: 'Está tudo bem'. O filme está dizendo, 'Tudo bem,' e todas as crianças têm que possuir esse pensamento de quem são e encontrar sua tribo." Dean Israelite, diretor do filme A representação de LGBT em filmes de super-heróis segue a de quadrinhos, onde heróis e vilões, como Mulher Mravilha, Mulher-Gato e Arlequina, estão entre os exemplos de personagens LGBT. Mas até agora, quando esses personagens foram traduzidos para a grande tela, eles foram retratados como héteros. O Northstar de X-Men, o primeiro personagem abertamente gay de DC ou Marv

This Is Us (1° temporada, 2016) | Não podia ser diferente

Num período em que séries de super-heróis, ficção científica e coisas sobrenaturais estão dominando a televisão e internet, nada mais agradável que um bom drama humanizado, para acalentar nossos corações. This Is Us se tornou a queridinha do público e não é à toa. Ao deixar de lado roteiros mirabolantes, a série se tornou um alento por focar nos sentimentos mais singelos do ser humano. E, assim, a identificação e empatia pela história e personagens é imediata. This Is Us é uma crônica que acompanha a vida de pessoas que nasceram no mesmo dia, incluindo Jack e Rebecca (interpretados por Milo Ventimiglia e Mandy Moore ), um casal esperando trigêmeos. Randal ( Sterling K. Brown ), que divide seu dia em ser um excelente profissional, marido e pai de duas meninas, que está em busca de seu pai biológico, que o abandonou enquanto ainda era um bebê. Kevin ( Justin Hartley ), um ator de Los Angeles protagonista de uma série de comédia chamada “The Nanny”, que enfrenta um dilema interno

A Bela e a Fera: Sem censura de momento gay, filme tem grande estreia na China

"A Bela e a Fera" , da Disney, impressionou com a bilheteria de US$ 44,8 milhões no primeiro fim de semana na China. A adaptação de Bill Condon do clássico musical de 1991 abriu com 12,1 milhões de dólares na sexta-feira, somado a 18,5 milhões no sábado e 11,8 milhões no domingo.  Na América do Norte, o filme abriu com $170 milhões, com $350 milhões mundialmente. Na China, o filme também arrecadou $3,4 milhões em salas IMAX. A campanha de marketing local da Disney para o filme incluiu um videoclipe com o galã local Jing Boran  valsando com a cantora de Taiwan Hebe Tien em uma versão chinesa da música original de Alan Menken , tema do filme.  Para surpresa, a censura da China deixou o filme inteiramente intocado. Na vizinha Malásia, de maioria muçulmana, um conselho de censura do estado recusou o que Condon descreveu como um "momento gay" de três segundos entre os personagens principais masculinos Gaston e seu companheiro LeFou. Depois que os censores exi

A Bela e a Fera (2017) | A nostalgia em carne, osso e computação

Beauty and the Beast (EUA) A mesma geração que se encantou pelo clássico Disney " A Bela e a Fera " (1991) - sendo a primeira animação a ser indicada ao Oscar de melhor filme e dirigida por  Gary Trousdale  e  Kirk Wise  - não teve dúvidas ao levar seus filhos, sobrinhos e até netos aos cinemas para assistir a mais nova aposta da Disney e do diretor Bill Condon  (conhecido pelos  últimos filmes da franquia  Crespúsculo) . Ao vivo e em cores (sem uma paleta definida), e com grandes nomes no elenco e na produção, a audácia de transformar uma das princesas preferidas do público em carne e osso percorreu por um caminho garantido, seguro e previsível, o que nesse caso foi a jogada de mestre para quem esperava ansiosamente pelo filme e não se decepcionou ao sair da sala de cinema. Dando vida a personagens amados (com direito a 45 minutos a mais que o longa original), A Bela e a Fera atende com fidelidade aos fãs que tanto esperavam seu lançamento, investindo em um ele

Com os Punhos Cerrados (2017) | A Fuga e a Resistência

“E no final das contas, ainda nos tiram o direito de enlouquecer” , diz um dos personagens da rádio pirata que se torna tema de ‘Com os Punhos Cerrados’ , lançamento do coletivo audiovisual Alumbramento. E, se tem uma coisa que eles compreendem muito bem, é a conversão da própria loucura. Conhecido por temas e abordagens experimentais, o coletivo vem marcando presença há alguns anos - em 2016, a obra ‘O Último Trago’ impressionou a crítica por ser igualmente confuso e magnético. E, assim como nele, em ‘Com Os Punhos Cerrados’ há uma mensagem que é recepcionada além das metáforas lógicas como um inquietante processo de incitação. Com os Punhos Cerrados: A Fuga e a Resistência O desafio está lançado Ao começar com diálogos e interpretações artificiais, compreende-se que este é um trabalho de caráter independente. Fato que não poderia estar mais alinhado em um filme que tem como foco discutir de modo livre textos de pensamentos “libertários”. Apresentando jovens de uma rádi

Personal Shopper (2017) | Fragilidade instigante

Personal Shopper (França) ‘ Personal Shopper’ tem um plot que arrasta para o cinema. O quão improvável é uma história que se atenha a alguém que ganha a vida fazendo compras caríssimas e que, enquanto não o faz, busca se comunicar com o mundo dos mortos. Essa é a segunda união da atriz Kristen Stewart e o diretor francês Olivier Assayas e sua conexão sóbria ergue uma trama de caráter “absurdo” com uma curiosidade eminente. Um filme que tenta de modo muito lento se tornar atrativo para além dos esclarecimentos. Se não alcança esse objetivo, ao menos tenta com um ânimo charmoso. A principal dúvida que permeia a expectativa é quanto ao clima que se ampara. É interessante descobrir ao início que há o interesse explícito de adotar à trama uma aparência sombria; evocando sequências vindas de suspenses que, obviamente, envolvem uma casa abandonada no meio da floresta. Se não bastasse se espelhar a essa ambição, é também surpreso (positiva e negativamente) que se renda a uma abor

Jonas e o Circo sem Lona (2017) | Sonho que se sonha só

Jonas e o Circo Sem Lona (Brasil) Um dos meus projetos pessoais guardados na gaveta é um curta-documentário sobre meu avô paterno. Isso porque, apesar de ser uma pessoa “desconhecida”, sempre vi nele e em suas histórias um potencial dramático impressionante. A ideia partia dessa vontade de olhar para pessoas da vida real e compreender suas conquistas, crises e desafios. O longa-metragem ‘Jonas e o Circo Sem Lona’ nasce exatamente disso. A realidade simplista começa apresentando um grupo de amigos carismático para com a câmera que o registra; esse prólogo prontamente lúcido gera uma proximidade impulsiva. Jonas Laborda é um garoto “comum” de um bairro periférico da Bahia que divide diversão e estudos com a angústia de sempre. Sua diversão, porém, é sonhar com a vida de circo. Com a ajuda da avó – e apoio da mãe -, constrói o próprio circo com os amigos, elaborando e dirigindo os números do espetáculo. Tudo autossuficiente e com uma garra que gera uma relação muito rápida co